segunda-feira, novembro 13, 2006

Você [não] precisa saber de mim...

...mas eu sou egocêntrica o bastante prá querer te contar.
Dos dias que ficaram prá trás, e que ás vezes me parecem ser tantos e terem se perdido há tanto tempo, que me esmagam de um jeito que eu nem saberia explicar. [E me esmagam pelo simples fato de já terem se ido, e de parecerem, mesmo assim, congelados nos lugares pelos quais eu passei. Dias que servem agora de cenário para outras marionetes dançarem. (Já se sabe, há tanto tempo!, que ninguém nunca é tireteiro de si próprio).]
De tudo que eu já vi e nunca mais verei, devido ao simples fato de que as coisas não se deixam ser duas vezes. [Por exemplo a lataria azul-forte do ônibus, que, mais ou menos molhada de chuva, me contava que eu podia descobrir a felicidade bem ali, naquele achar bonito algo que antes me fora tão banal.]
E das coisas que ainda virão; as coisas que eu tento desenhar de acordo com as cores da minha vontade; aquelas coisas e situações que eu crio prá mim e que eu não posso, não devo e não quero deixar escorrerem das minhas mãos, ainda que eu não vá nunca poder apalpá-las.


[Uma besteira dessas vez ou outra, uma tentativa dum escrever mascaradamente feliz, que agora eu sou boba, agora eu posso. E você precisa aprender o que eu sei, e o que eu não sei mais.
Boa noite, eu não vou fazer o trabalho que tinha prá hoje não. :)]


Ouvir aquela canção do "Roberto"...

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