sábado, dezembro 23, 2006

Como não podia deixar de ser.

Talvez piores que os hábitos realmente difíceis de se perder sejam os hábitos que não se quer perder, mas que, com o passar do tempo, parecem não ter mais propósito.

Hum. Faz um pouco de sentido, mas não o tanto necessário prá ilustrar o egocentrismo que segue, calcado na desculpa de quase tradição - e podem existir tradições nascidas há menos de cinco anos? Talvez seja uma questão proporcional. Enfim.
O tal post e fim de ano: comentário ridiculamente auto-avaliativo sobre as coisas que me foram durante o ano que passou.
Dessa vez eu bem podia fazer comparações simplistas e dizer que eu percebi que quanto mais entro nas letras menos contato prático eu tenho com elas; que quanto mais o tempo passa menos eu tenho a necessidade de me levar a sério; que aprender a lidar com distância não é, assim, algo tão terrível; entre tantas outras coisas que agora eu consigo ver através da névoa de todos os dias que ficaram em 2006.

Mas, ouvindo uma das minhas músicas mais bonitas entre tantas outras, e sentindo uma saudade que chega a me dar raiva [eu, que sempre pensei que saudade matava mansa e aos poucos, nunca a imaginei assim, nervosa e convulsa como ela me é agora.], vou repetir um garoto e uns garotos, prá dizer que, sobre o ano que termina, as coisas podem ser resumidas de um jeito simples: "All you need is love."


Prá vocês, um 2007 feito de abraços de verdade, sorrisos e crises de riso, ressacas que valham a pena, desconstrução de velhos conceitos [achei pedante, hein?] e construção de outros, também tão prestes a serem destruídos.
E comam muito e tenham um natal feliz. :)


[Eu volto por aqui em Janeiro, mais nêga e menos brega, quem sabe.]

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