sábado, agosto 21, 2004

Desde quando passar a madrugada de sexta pra sábado na internet se tornou algo tão chato hein? Difícil é dizer quem se tornou mais chata nesse meio tempo que eu desconheço. A tal internet ou a tal Lara.

"'Vai dormir e para de reclamar!" - um terceiro chato diria.
Acontece que dormir é, de fato, bom demais.
Chato é acordar cedo, por não ter dormido tarde, e ter de se manter acordada durante um [longo] dia inteiro.

E viva a rabugentice!

¬¬

quarta-feira, agosto 18, 2004

Ainda sobre filmes...

[Imagine aqui um poster preto e verde escuro, com o rosto do tal Ralph Fiennes e a palavra "Spider" escrita em letrinhas brancas. E só imagine, porque eu não sei mais colocar foto aqui no blog. Essas frescuras da blogger.com só servem pra atrapalhar as coisas. ¬¬]

Mas, bem... há um bom tempo eu queria assistir Spider, porque havia lido o livro, e gostado bastante. Graças à boa vontade da Bibi [e à locadora do pai dela], eu pude ver o filme ontem, mas acho que me decepcionei um pouco.
Não que seja um filme ruim; gostei da forma como é filmado, o ator principal é convincente e tudo mais, mas, talvez por ter lido o livro, achei o filme muito vago.
Pra que se convença com a história de Spider, é necessário que se preste atenção no ponto de vista do personagem. Mais ainda, é necessário que se tenha conhecimento do que se passa na cabeça do protagonista. O tal ponto de vista é fornecido pelo filme, que mostra a visão [literalmente] do sujeito sobre as coisas que o cercam, porém em nenhum momento se toma conhecimento das idéias do protagonista. E aí que o filme fica vago.
Claro que, até uma ostra com problema de cabeça [acho que já li isso em algum lugar...] perceberia que o personagem não tem nem um pouco de sanidade mental. Mas é por exagerar nesse ponto, o de que ele é maluco, que o filme fica vago.
Sem estar a par das idéias do Dennis Clag [acho que é esse mesmo o nome do rapaz], o máximo que você pode fazer é ficar contemplando a loucura do sujeito.
Mas, é aquela velha história... Adaptações de livros pro cinema não costumam ser tão boas como a versão escrita.
Exceto por "Senhor dos Anéis", que é bem chato de ler. Tanto que meu "As duas Torres" tá encostado há uns dois anos e...

Bem, isso não vem ao caso agora.

[Ouvindo Primal Scream - Accelerator]

domingo, agosto 15, 2004

E pra fechar o fim de semana [que teve de sessão da karaokê na casa da Bibái à hamburguer na avenida radioativa do Canaã com a Marijane] eu fui ver Cazuza - O Tempo não para com o Junim.
Posso dizer que, no filme, o que mais me impressionou não foi a semelhança do Daniel Oliveira [é isso mesmo?] com Cazuza, mas a representação bem fiel da década de 80, que é a época em que a história se passa. Até aquelas mocinhas com franjão e rabo de cavalo na lateral tem. Muito bem feito.
Eu não sou nenhuma fã de Cazuza, conheço pouquíssimo da história, mas gostei do filme. Me deixou com um friozinho na barriga, e uma vontade de ser "porra-louca" pelo menos um pouquinho. Não que eu queira cheirar até o nariz cair, frequentar boates gays e pegar aids, mas bem... fugir do convencional as vezes deve ser bom, eu imagino. "O excesso é fundamental", ou algo assim. Acho que tem de ser por aí, pelo menos de vez em quando.
Mas não é bem isso que eu queria falar...
Entre as várias cenas onde Cazuza canta, eu posso dizer que uma me emocionou. [Pouco sentimental, né? Vá lá, de vez em quando não faz mal.] Por ironia ou não, a música que embaçou minhas vistas não é nenhuma do Cazuza, e sim O mundo é um moinho, do Cartola, que eu ouvi pela primeira vez no filme.
Eu não queria encher isso aqui de letras de músicas, porque sei que é um saco pra quem lê, mas a letra dessa música é uma excessão.


"...Ainda é cedo amor, mal começaste a conhecer a vida
Já anuncias a hora de partida
Sem saber mesmo o rumo que irás tomar
Presta atenção, querida
Embora eu saiba que estás resolvida
Em cada esquina cai um pouco a tua vida
E em pouco tempo não serás mais o que és
Ouça-me bem, amor
Preste atenção, o mundo é um moinho
Vai triturar teus sonhos tão mesquinhos
Vai reduzir as ilusões a pó
Preste atenção, querida
De cada amor tu herdarás só o cinismo
Quando notares estás à beira do abismo
Abismo que cavastes com teus pés..."


Agora, me diz que isso é realmente bonito demais, e que eu não tô virando uma chorona dramática e patética.
Bem... acho que na verdade tanto faz.
Boa noite pessoas, e boa semana!