sexta-feira, julho 16, 2004

Tá difícil de acreditar, mas é verdade. Eu tô de férias!
Finalmente me concederam 15 dias pra eu fazer o que eu bem entender. E como eu não sou besta, já decidi como vou usar esse tempo. Fazendo porra nenhuma. Me entregando ao ócio. Vale até ficar deitada na cama olhando pro ventilador e pros penduricalhos do teto, só sentindo o tempo passar [ainda que ele não exista, como já tentaram me explicar outro dia]. Vou apertar o botão "desliga" da minha cabeça e me livrar de qualquer coisa que me lembre escola, e que exija qualquer mínimo raciocínio lógico de mim. Vou regredir ó máximo possível. E não se espantem se, ao entrar pela porta do meu quarto, encontrarem um vegetal no lugar da Lara.
Nesses quinze dias vou virar um vegetal sim. Mas um vegetal ocioso e feliz. =D
Pelo menos é o que eu espero, né? Então tá certo.
Não vou me demorar aqui porque ainda tenho muito nada pra fazer.
Ê!  
 
 [E esse blogger.com cada vez mais afrescalhado hein? Daqui uns dias vou entrar aqui e o teclado vai tá até digitando pra mim. Vê bem, tem até como colocar fotos aqui agora. Coisa boa num deve ser. Daqui uns dias chega a conta aqui em casa com o remetente blogger ponto com... ¬¬]   
  
  
 

terça-feira, julho 13, 2004

Quase

Ainda pior que a convicção do não, é a incerteza do talvez, é a desilusão de um quase. É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi...

Quem quase ganhou ainda joga,
Quem quase passou ainda estuda,
Quem quase morreu está vivo,
Quem quase amou, não amou.

Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelo dedos, nas chances que se perdem por medo, nas idéias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no outono.

Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor, não me pergunto, contesto. A resposta eu sei de cór, está estampada na distância e frieza dos sorrisos, nas frouxidão dos braços, na indiferença do "Bom dia", quase que sussurrados.

Sobra covardia e falta coragem até pra ser feliz. A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai.

Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, sentir o nada, mas não são...

Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons cinzas...

O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si. Não é que fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance, para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos somente paciência, porém, preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecê-la...

Para os erros há perdão;
Para os fracassos, chance;
Para os amores impossíveis, tempo...

De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma. Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance.

Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode; que o medo impeça de tentar. Desconfie do destino e acredite em você...

Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando, porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu...
Luis Fernando Veríssimo

domingo, julho 11, 2004



E como Ipatinga é uma cidade um pouco atrasada em algumas coisas, incluindo cinema, eu só assisti Diários de Motocicleta ontem.
E gostei bastante, apesar de achar que o filme vangloria demais o Ernesto Guevara. Não que Che Guevara não mereça ser destacado como uma pessoa singular e tudo o mais. Todo mundo, concordando ou não com sua ideologia, sabe que ele é uma figura importante. Mas o filme não trata desse Che Guevara. O tal Gael Garcia [*ai ai*] encarna Ernesto Guevara, o jovem que sai viajando pela América do Sul com seu amigo. E mostrá-lo já como um homem formado, honesto do início ao fim e até campeão de natação, enquanto seu amigo Granado é colocado como um aproveitador safadão, é forçar um pouco a barra.
Mas isso é apenas um detalhe. No geral, o filme é muito bom.
Creio que seja bem melhor assisti-lo do que ficar se acotovelando numa fila gigante pra ver as proezas do tal Homem Aranha pela segunda vez.

Mas... fugindo um pouco do assunto:
Maior sacanagem do mundo isso que fazem conosco. Fim de semana não é, de forma alguma, dia pro Orkut decidir parar de funcionar. Aquilo ali é coisa do capeta, e acaba viciando pessoas tipo eu. Tô numa tristeza que só vendo aqui em casa porque a página inicial não quer abrir.
=/