sexta-feira, dezembro 03, 2004

Dando continuídade ao ócio [que já tá começando a me causar - adivinhem! - culpa], assisti dois filmes hoje.


A foto do poster é lindona, olha só. :~

Elefante é bem interessante. Consegue tratar de um massacre feito numa escola norte americana sem recorrer aos clichês mais esperados em casos como este. Não há uma infinidade cenas dos assassinos sendo humilhados ou rejeitados por suas futuras vítimas, assim como não há aquela divisão entre o "bonzinho" e o "malvado" no decorrer da maior parte do filme. Também não são os garotos que realizam o massacre enquadrados no esteriótipo de "menino-de-olhar-de-doido-insano-psicopata-e-que-de-quebra-tem-problema-em-casa".

Durante todo o filme, o que se absorve dos personagens é tanto, ou menos, do que poderia ser absorvido numa eventual cruzada de caminho com algum deles. Portanto, o filme não demonstra uma possível justificativa para o massacre. Este é apenas exibido, e de forma bem original, vale repetir.
Agora... o título eu devo admitir que não entendi. Li textos dizendo que "ignorar o massacre é tão difícil quanto ignorar um elefante numa sala", li textos falando sobre uma parábola oriental que envolve cegos e elefantes... li sobre uma parábola oriental de cegos e elefantes dentro de uma sala... mas nenhum me convenceu realmente.
Acredito que só o diretor deve saber o que quis dizer com esse título. Por mim, tudo bem. Essa ignorância não me incomoda tanto...





Falam tão bem de Trainspotting, e eu o vi tão "mais-pra-lá-que-pra-cá", que resolvi alugá-lo de novo e ver do que ele realmente se tratava.
A verdade é que senti uma certa culpa por ter o menosprezado tanto da primeira vez que o aluguei. Trainspotting é bem legal. É verdade que não merece toda essa festinha que fazem em volta dele, mas é sem dúvida um bom filme.
A começar pela trilha sonora, né. Perfect Day, do Lou Reed se encaixa perfeitamente na cena em que o protagonista é levado ao hospital após tomar um "pico" meio bravo. Porque é mais ou menos essa, uma das idéias transmitidas por Trainspotting.
Um "dia perfeito", ou uma "vida perfeita" não dependem exatamente daquilo que é considerado bom por grande parte da sociedade. Uma dose de heroína pode te fazer mais feliz que o ganho de uma casa no bingo, por exemplo.
Ah sim, já ia me esquecendo. Os personagens tem um sotaque meio britânico, escocês... que é absurdamente lindo. Um arraso.

Er... vou parar por aqui. Esses adjetivos de drag queen definitivamente não pegam bem, ainda que eu seja uma mocinha.
É isso então, pessoas. Sei que ninguém vai de fato assistir os filmes, mas me distrai e me diverte bastante ficar escrevendo aqui sobre os filminhos que eu assisto vez ou outra.


quarta-feira, dezembro 01, 2004

Curioso... não raro eu passo semanas, meses, sem que nada de novo me aconteça.
E na última semana [nos últimos três dias, especificamente], eu finalmente pude definir, ainda que temporariamente, o rumo de algumas coisas bem importantes pra mim.
Eu pude saber o que fazer com as minhas malas que, desde que eu voltei de Bh, tavam jogadas no canto do quarto, esperando pela minha decisão de desfazê-las, ou de fechá-las e viajar de novo.
O bom é que tudo se definiu da melhor forma possível.
Acredito ter passado pra segunda etapa, mas só volto pro cursinho em Bh semana que vem. Enquanto isso, eu tiro minhas férias de uma semana. Acordo ao meio dia sem culpa, como até não poder mais, me divirto com minha falta do que fazer... entre várias outras coisas bestas que só o ócio é capaz de me proporcionar.
Inclua entre essas coisas bestas, ficar observando a minha gata e seus filhotinhos recém nascidos. De verdade... é muito curioso o fato de que ela, sem ainda nem ter um ano, sabe exatamente o que fazer com as suas "crias".
A falta do que fazer até me dá tempo pra pensar em questões cuja resposta eu nunca vou saber. Seria o homem "muito porqueira", como definiu meu irmão, por precisar de tantas assitências no momento de "perpertuar a espécie", ou sua pouca auto-suficiência nesse sentido seria apenas reflexo de anos e anos de acomodação?

Mas bem... questões de respostas mais fáceis são as que mais me acometem, é óbvio.
Ninguém por aí quer um gatinho não? É que eu não posso, de forma alguma, ficar com os quatro filhotinhos já citados acima.
Taí ó uma questão fácil fácil de responder.
Seria bom que alguém o fizesse logo, antes que eu comece a achar os bichinhos muito "fofos", dê nome a eles [já tenho até algumas sugestões, não vou negar.] e não queira mais me desfazer deles.

E, no mais, tudo muito tranquilo.
Não me lembro de me sentir assim há um tempo considerável.
E não me lembro de fazer um post tão "diarinho" há mais tempo ainda.