quinta-feira, junho 16, 2005

Os dias feios é que são bonitos.
Porque eu não consigo entender o que há de errado num céu cinza, que parece exalar seriedade por toda sua vastidão. Não sou capaz de ver feiúra na imensidão quase branca que cobre minha cabeça, nem reclamar do vento frio que despenca dessas alturas sem cor.
Já não sei não gostar destes que parecem ser dias mais silenciosos, desprovidos da excitação patética de outros dias mais azuis. Estes dias que me jogam contra mim mesma, que me hipnotizam e deixam em minhas mãos um sopro da discreta melancolia que insinuam.
Os dias que transformam qualquer tentaiva de um céu azul e claro se fazer existir num episódio ridículo e totalmente detestável. Os dias que antecedem noites longas e cortantes.
Os dias feios de Junho. Os dias que eu gosto de fingir que são meus.
Porque os dias feios é que são bonitos.

[Certo atraso pra dizer que eu adoro Junho. Já passa do meio do mês e, pelo menos por aqui, os dias já não andam tão "feios". Vá lá. Serve pro ano que vem.]

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Suco, Velas e Poesia

Não é nenhum tipo de "concorrente" do Poesias e Vinho Tinto não. Apesar de que esses dois links me botaram a pensar em qual é a relação entre fazer versos e se embriagar com vinho.
Enfim. O Link dá pra um blog comunitário feito pela Thais, da minha sala, para quem se interessar por escrever. O assunto e a forma são livres, e por enquanto, pelo menos até onde eu sei, quem escreve é o pessoal da Puc mesmo.
Mas se há o interesse de alguém, sempre há espaço.

Clica lá, ó, é bacana. =)

[Ouvindo Mombojó - Adelaide, seguido de Bush - Bonedriven. Shuffle é o que há.]

segunda-feira, junho 13, 2005

Então eu acordei e, de repente, podia beber, ser presa, casar, trabalhar, dirigir, entrar em alguns lugares sem ser acompanhada por um responsável, entre algumas outras coisas. Dizem por aí que eu era responsável por mim mesma, a partir dessa manhã.
Mas a verdade é que pouca coisa muda. Porque parte responsável por mim eu sempre fui, e a parte que diz respeito a irresponsabilidade, essa eu creio que se prolonga ainda por muito tempo.
Mas com minhas primeiras 23 horas de completa reponsabilidade, eu me peguei pensando no que já tinha vivido, e no que eu não sabia que ainda ia viver. E entre devaneios que beiravam não saber se meu destino sucumbirá às palavras, ou se as utilizará como instrumento [ou até mesmo nada disso], um surto de otimismo me soprou que, independente do que eu fizer, vai ter um pouquinho de felicidade me esperando lá na frente. Porque os votos pra que a tal felicidade faça parte da minha vida foram tantos que - por Deus! - eu não creio que ela seja capaz de contrariar tantas boas previsões.
E aí, pela primeira vez em 18 anos e quase um dia, eu chorei [rindo] com a porta aberta.

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[Se não tá tão claro o bastante, essa é uma tentativa de agradecer a todos vocês que me desejaram coisas boas no doze de Junho. E também praqueles que o fizeram sábado, na festinha aqui em casa. Por mais bobo que pareça, vocês me fazem feliz. Muito. =*´s]


Nota pra mim: Reabastecer a cota de açúcar até o ano que vem. O pouquinho que eu tinha foi todo gasto nesse post.