quarta-feira, outubro 19, 2005

[Opa. É... tá quente mesmo. Poxa vida. E ainda é primavera né? Ah, é mesmo? Então essas chuvas vão refrescar Dezembro um cadim. O referendo? Ah, eu não voto, não tenho título. Poizé. Que coisa não?
Ahhh o Mensalão. Que tristeza, que tristeza. Mas é assim mesmo. Político é tudo safado.
Mas e o Galo hein?]


Já deu prá perceber que o assunto falta, né? Vá lá então.
Comentários [inutéis e preguiçosos] sobre os dois últimos filmes vistos.


A estranha família de Igby [Igby Goes Down]
De Burr Steers



Disseram-me que Igby Goes Down foi baseado no [ótimo, por sinal] livro do J.D Salinger, O Apanhador no Campo de Centeio e que, de quebra, tinha a trilha sonora boa. Então eu vi a capa do filme com Kieran Culkin [O sobrenome te lembra alguém? Pois bem, são irmãos.] fazendo carinha de garoto problema na frente desse fundo azul e não resisti, aluguei.
Não diria que há muito da obra de Salinger no livro; diria que há muito do protagonista literário Holden Caulfield no cinematográfico Igby. Mas essa coincidência é totalmente compreensível, já que as duas obras tratam de adolescentes, esses tipos que não se diferem muito no quesito "problema". Dificuldade em aceitar que se deve crescer, que se deve tomar um rumo na vida, que não há realmente jeito de não se ser sozinho, enfim, uma série de coisas sobre a qual Travis, Dance of Days e B5 [ê-he-he] sabem falar melhor que eu.
Esse mote com o qual a identificação se faz fácil fácil pelas bandas de cá, somado às boas atuações [tem até o Ryan Philippe e a moça bocuda do Will & Grace], à trilha sonora realmente boa, à secura cortante de algumas cenas e a uma sequência chorável deveras, fazem de A estranha família de Igby um filme daqueles assim, sabe?
Simples e foda.



Maus Hábitos [Entre Tinieblas]
De Pedro Almodóvar


[faltou um poster decente, hein seu google?]

Isso é sarcasmo. [Não aquele que qualquer imbecil faz com uma apontada de dedo.]
Isso é ironia. [Não necessariamente a Machadiana.]
Isso é crítica. [Não a óbvia.]
Isso é cuspe na cara da hipocrisia. [Não aquele escarro verde e grosso, adolescente e revoltado.]
Isso é humor. [Não aquele que te faz rir sem sentir uma pontinha de ódio.]

E se o diretor de Mudança de Hábito não sugou todo o "humor de convento" que conseguiu ver nesse filme e o passou por um filtro prá tornar seu filme cabível prá Sessão da Tarde, eu já não sei de mais nada.
Assistam, pessoas. [Tá, só uma recomendação é pouco. Tem freirinha injetando heroína, tem freira tomando ácido e vendo a torta de uva toda laranja e verde, tem cantora de cabaré se apresentando com a indumentária mais brega-anos-80 impossível, tem romance de banca sendo comparado a Gabriel Garcia Marquez... Preciso falar mais?]

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