domingo, setembro 21, 2003

" (...) Torna-me humano, o noite, torna-me fraterno e solicito.
So humanitariamente e que se pode viver.
So amando os homens, as acoes, a banalidade dos trabalhos,
So assim - ai de mim! -, so assim se pode viver.
So assim, o noite, e eu nunca poderei ser assim!

Vi todas as coisas, e maravilhei-me de tudo,
Mas tudo ou sobrou ou foi pouco - nao sei qual - e eu sofri.
Vivi todas as emocoes, todos os pensamentos, todos os gestos,
E fiquei tao triste como se tivesse querido vive-los e nao conseguisse.
Amei e odiei como toda gente,
Mas para toda a gente isso foi normal e instintivo,
E para mim foi sempre a excecao, o choque, a valvula, o espasmo. (...)"


Alvaro de Campos - Passagem das horas

Quando a gente nao sabe bem o que escrever, a gente posta textos (sejam poesias, musicas, tanto faz) alheios.
Nao e a primeira vez que eu coloco trechos desse poema aqui. Mas da do fazer isso sem acentuar as palavras.
Maldita blogspot. Eu te odeio, mas sou muito acomodada pra mudar pra outro servidor.

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