sexta-feira, setembro 24, 2004

[Matemática de segunda a quinta não é uma boa, de forma alguma. E química sexta feira à noite muito menos. Como é que é aquela frase d'O Iluminado? Muito trabalho e pouca diversão fazem de Fulano um bobalhão? É quase isso.]

Mas, bem... lembro-me de ter pensado em comentar algo sobre o agradabilíssimo vídeo que o professor de redação levou pra sala esses dias.
Suponho que futuramente ele vá pedir pra que a gente faça uma redação sobre aborto. [Pouco batido o tema, né?] E pra nos inspirar/colocar-nos de acordo com sua posição sobre o assunto, ele arrumou um dos vídeos mais sensacionalistas desde "Faces da Morte" que eu já vi. [Curioso é que eu nunca assisti Faces da Morte, mas sempre uso essa série como exemplo de sensacionalismo ou coisas que provocam nojo/gastura.]
O tal vídeo era apresentado por um médico que, sendo preconceituosa mesmo, tinha uma cara impagável de picareta, e mostrava cenas de um aborto de um feto de seis meses. Era uma coisa horrível de se ver, claro que era.
Obviamente a intenção de meu professor ao nos mostrar esse filme não era outra senão colocar-nos contra o aborto. "É um crime contra a vida, vê bem que nojento é um aborto, parece coisa de açougue...", provavelmente ele diria.
Eu não vou ser besta o bastante pra culpar a atitude do professor pela náusea que eu senti após ver o "Faces da Morte wannabe", mas devo admitir que fiquei surpresa.
Não achei que, sendo o cara professor de redação, o trabalho dele fosse muito além de nos preparar pra fazer a redação do vestibular. É claro que o tal aborto é um tema que pode vir a ser discutido numa dissertação ou qualquer coisa do tipo, mas não consegui entender no que isso depende da opinião pessoal dele.
Não vejo necessidade alguma de ele exibir imagens de maozinhas ensanguentadas, cabecinhas de fetos dentro de vidros de formol e outras coisas nesse nível.
Sensacionalismo barato é pros meus momentos de distração, é a razão pela qual eu vejo Cidade Alerta, ora essa [Ah, nem vem. Pisque Band é o que há!].
Escola é coisa séria, pô.
E sim, eu sou uma hipócrita de marca maior.

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