segunda-feira, janeiro 09, 2006

Redação

Um alarme mais barulhento que todos os outros tocando quando eu finalmente tinha deixado a ansiedade de lado prá pegar no sono. E daí até dormir outra vez, lá se foram uns trinta minutos. Mas consegui acordar e me arrumar prá meter-me num ônibus que, por Deus, jurei que não me caberia. Caixa abarrotada de gente - grande novidade - e Kelly Key tocando na rádio. Sabe que é mais constrangedor quando há gente perto? É... principalmente na parte em que ela fala "Só porque cê tá de carro?". A vergonha era tão grande que deu vontade de pular pela janela.
Enfim. A sala com doze carteiras me lembrou sonho, não sei porque. Tão pequena, tão tranquila, era clara. E finalmente aquelas enjoadas questões dissertativas, um manifesto contra a violência [faz-me rir!] e um "texto a ser publicado num jornal de grande circulação." [Ironia do destino? Sei que me desfiz dos conceitos de lead e tudo mais. Afinal, é disso que eu corro.].
A Carta de Caminha me foi gentil. Também o Capitão Rodrigo do Veríssimo [o Érico, querido.] e os tais Contos Amazônicos. Mas, Guimarães Rosa, o senhor pisou no meu calo com o/a Diadorim e o Riobaldo na travessia. Inventar é a solução, e juro que fez até sentido. Mas esses corretores da banca... eu não sei se me compreendem.
Na volta teve o centro quente dessa cidade, numa tarde quente, sob a ótica dumas lentes escuras. E eu concluí que gosto daquele monte de gente atravessando prá lá e prá cá e dos carros quase me matando na minha travessia. Tanto quanto gosto dos exageros.

Então amanhã tem mais. Provavelmente contarei às paredes, novamente, como é que foi.

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