quinta-feira, outubro 07, 2004

Who's so phoney and always surrounded?
Stop your screaming, no one can hear
All the scars on your skin post no bills

Who you were
Was so beautiful
Remember who, who you where

Hide from the mirror, the cracks and the memories
Hide from your family, they won't know you now
For all the holes in our soul host no thrills

Who you were
Was so beautiful
Memories who, who you where..."

[Muse - Screenager]


Qualquer coisa que eu pense em dizer soa muito ridículo, impróprio, dramático, desnecessário, ou qualquer outro adjetivo distante de "decente".
Ignorar é a melhor forma de convivência que eu encontrei pra lidar com algumas coisas. Mas em demasia isso só faz deixar espaços vazios em minha, an, bem, vida. Eu queria evitar uma frase tão dramática, mas vá lá, eu avisei que tudo hoje soaria ridículo. [Não consegui me conter de novo.]
Esse vazio, essa ociosidade que eu não devia deixar existir, têm gerado pensamentos que, também, deveriam ser ignorados. Fazem-me concluir que eu nunca estou satisfeita com o que eu sou, e muito menos com o que eu fui.
Esclarecem pra mim que minha ironia, meu veneno, minha autocrítica só aumentam a cada dia.
Deixam-me saber que, eu posso criticar tudo e todos, mas nunca o farei com a mesma determinação com que aponto o dedo pra mim, dia após dia.

Desnecessário escrever tudo isso.
Mas eu já havia previsto que as coisas assim soariam hoje.

Acho que tudo isso se resume a pouco: Vergonha, sempre.
Mas deixa eu fazer o tal drama. Afinal, é tudo parte do conjunto.




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