terça-feira, novembro 23, 2004

Agora que eu alugo [no pior sentido da palavra] a casa do meu irmão, eu já não mais foleio as páginas da Veja toda segunda feira.
No lugar disso eu passo o olho pela Istoé. Se eu vejo alguma diferença entre as duas? Acho que eu não chego a ler realmente todas as matérias pra ter uma base que me permita fazer essa comparação.
O fato é que, numa dessas foleadas, enquanto conversava com as meninas [Bibái e Nani, que tão me ajudando a alguar a casa do meu irmão enquanto ele viaja] dei de cara com a Mc Tati, lindona, de copo de champagne na mão, quilinhos a mais e tatuagem de presidiária na canela, estampando uma matéria de duas folhas na revista.
Nessa matéria, assim como numa reportagem que eu vi no Fantástico esses dias [a mulher tá ficando famosa mesmo] havia gente defendendo o conteúdo de suas letras, dizendo que são feministas e tudo mais. Na tal reportagem do fantástico, uma mulher, que tá fazendo um documentário sobre o funk carioca feminino, foi mais longe, e disse que não conseguia ver pornografia nas letras da Tati.
Pera aí. "Escolhi da marca Dako porque Dako é bom", "Não gosto de piru pequeno","Se deu a noite inteira/ e tá toda ardidinha/ apele pra punheta antes que ele pede a bundinha...". Não que eu seja grande conhecedora do feminismo, [na verdade não é algo que me interessa muito. Acho essa guerra de sexos uma besteira sem tamanho, mas isso é assunto pra outra hora.] mas não é difícil perceber que de feminismo essas letras não tem nem o pingo do "i".
É putaria pura, ora essa. E particularmente, eu não vejo problema algum nisso, porque palavrão é algo que tá longe de me ofender. Besteira por besteira todo mundo sabe falar. E deixando a etiqueta de lado, não duvido que conheça gente que num momento súbito de inspiração, diga besteiras três vezes piores que as cantadas pela Tati.
Exemplo citado pela própria "quebra-barraco" na entrevista, é a Dercy Gonçalves. A velha [que por sinal tá custando pra morrer hein?] fala bobagem há décadas na tv, e nem por isso foi chamada de feminista, ou coisa que o valha.
Sinceramente, penso que considerar a Tati feminista, não é mais que uma desculpa arranjada por esse pessoal fresco pra justificar sua simpatia pela música "de pobre" que ela canta.
Nesse caso, pela primeira vez, eu tô com aquela socialite carioca insuportável, a tal Narcisa Tamborindenblablablacoisas. Nessa reportagem pra Istoé, ela diz que no meio da festa já tá todo mundo bêbado, doido pra se divertir, e é aí que a música da Tati entra.
Concordo plenamente.
Porque, você ganha um doce se, como já diria uma comunidade no Orkut, conseguir "resistir quando a Tati começa com o pancadão", depois de já ter tomado uns goles.

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